terça-feira, 3 de junho de 2008

A Interatividade na Televisão Digital

A Interatividade na Televisão Digital – Um Estudo Preliminar


O estudo da interatividade na TV Digital, feita por Ana Vitória Joly, da Universidade Federal de São Carlos, analisa o que é esse tipo de recurso e qual serão as conseqüências desse novo modelo de televisão. De acordo com ela, os principais aspectos da TV digital são: sinal digital; alta definição; interatividade; mobilidade; portatibilidade; multiprogramação.
Joly definiu, em seu estudo preliminar, os termos técnicos da televisão digital. No Brasil o padrão adotado é o modelo Japonês (ISDB), as aplicações são feitas em EPG, T-GOV, T-COM e internet, ou seja, pode ser utilizado na televisão doméstica, e em aparelhos móveis, como a Internet ou até mesmo dentro de um ônibus. O conversor (software) responsável pela comunicação da emissora com o telespectador, é o Middlware Ginga. A compreensão de áudio e vídeo é feita em MPEG-4, o que permite uma acústica de 5.1, o que antes só era possível em DVD e cinema. O transporte é feito em MPGE-2.
A transmissão digital é feita em pacotes binários, ou seja, do mesmo jeito que foi feita na emissora chega na televisão doméstica. A qualidade é em alta definição, a imagem é mais nítida, sem ruídos e interferências. Essa qualidade em transmissão não ocorre atualmente. A televisão analógica está sujeita a interferências.
Foi durante essa fase que a autora definiu a narrativa da interatividade digital como “mult-linear traçado”. Ou seja, a TV digital possibilita a versatilidade no sistema interativo, porém dentro de um padrão adotado.
Ana Vitória Joly analisou, também, as conseqüências da implementação da TV Digital. Estão entre elas:
1)O impacto da interatividade na televisão digital.
Segundo a estudiosa, a televisão deixará de ser passiva e irá além do áudio e vídeo, se cria, então, uma nova TV. Essa diversidade gera um serviço múltiplo que amplia a oportunidade e acesso aos bens culturais.

2)Os modelos de narrativas interativas possíveis.
“Varia entre uma simples escolha de dois finais a uma narrativa inteira”, afirma a autora.
Para a interatividade hoje, é possível acessar menus informativos durante a notícia; Acessar a grade de programação; escolher em que câmera deseja assistir a um determinado programa, por exemplo, uma partida de futebol.
Na interatividade do futuro, acredita que será possível participar de enquetes, comprar produtos e ter voz ativa na programação.

3)O grau de audiência e as limitações
Hoje, a TV Digital está concentrada em uma parcela muito pequena da população. Apenas o eixo SP-RJ. Além disso, o conversor é caro. Os softwares mais simples só melhoram a imagem e os modelos mais sofisticados, não chegam ao alcance da maioria da população.


Referência Bibliográfica
JOLY, Ana Vitória. A Interatividade na Televisão Digital – Um Estudo Preliminar
http://www.bocc.ubi.pt/pag/joly-ana-interatividade-tv-digital-port.pdf.


Conclusões
A interatividade na televisão digital já está implantada nos Estados Unidos e na Europa e funciona comercialmente.
O principal foco das emissoras de TV Digital, segundo Joly, é o T-commerce, ou seja, a venda de produtos de forma instantânea que encanta anunciantes.
A polêmica que se discute em torno da televisão digital, é qual o padrão de interatividade deve ser adotado. Esse tipo de tecnologia deve ser aliada para uma melhoria na programação. Segundo a autora, a televisão interativa fará com que os usuários possam não somente navegar, “mas mergulhar e um mar de entretenimento e informação”.
JOLY, Ana Vitória. A Interatividade na Televisão Digital – Um Estudo Preliminar



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